O termo refere-se a um conjunto de países que compartilham trajetórias marcadas por desigualdades econômicas, legados de colonização ou dependência externa e menor influência no sistema internacional . É um conceito político-histórico que destaca nações marginalizadas nos processos de desenvolvimento e nas decisões globais.
Refere-se ao conjunto de metas, compromissos, políticas e estratégias que os países definem para enfrentar a crise climática. Isso inclui tanto a redução de emissões (mitigação) quanto a adaptação aos impactos. No Observatório, analisamos essa ambição em sete eixos temáticos.
É a sigla para "Contribuição Nacionalmente Determinada". Basicamente, é a meta climática que cada país se compromete a cumprir no âmbito do Acordo de Paris, detalhando seus planos de redução de emissões e adaptação.
Atualmente, o Observatório foca em oito países-chave do Sul Global, que juntos representam uma parcela significativa das emissões e da população mundial: África do Sul, Brasil, China, Colômbia, Índia, Indonésia, México e República Democrática do Congo (RDC).
Não, ela varia significativamente.
Em países como China, África do Sul e Índia, a principal fonte de emissões é o setor de Energia, devido à alta dependência de combustíveis fósseis, especialmente o carvão.
Em países como Brasil, Indonésia, Colômbia e RDC, a maior fonte de emissões é o setor de Uso da Terra e Florestas (LULUCF), impulsionado principalmente pelo desmatamento.
LULUCF é a sigla em inglês para Land Use, Land-Use Change and Forestry, ou "Uso da Terra, Mudança no Uso da Terra e Florestas" . Este setor lida com emissões e remoções de GEE vindas de atividades humanas ligadas ao solo. É vital para o Brasil e a Indonésia porque o desmatamento (uma atividade LULUCF) é a principal fonte de emissões de ambos os países, superando seus setores de energia.
Sim. O Brasil apresentou sua NDC 3.0 em novembro de 2024. Esta nova versão reverteu a "pedalada climática" (redução de ambição) da NDC anterior (de 2022) e aumentou as metas de redução de emissões do país.
Não. Segundo análises do Climate Action Tracker (CAT), a maioria das NDCs dos países monitorados é considerada insuficiente. As metas da China e África do Sul são classificadas como "Insuficientes". As da Índia são "Altamente Insuficientes" e a da Indonésia é "Criticamente Insuficiente". Isso mostra uma grande lacuna entre a ambição atual e o necessário.
Os riscos são diversos e severos. Eles incluem:
- Secas severas e escassez de água (África do Sul, Índia, México).
- Aumento do nível do mar, ameaçando grandes cidades costeiras (Indonésia, China).
- Eventos extremos como inundações e deslizamentos (Brasil, Colômbia).
- Derretimento de geleiras, afetando a segurança hídrica (Colômbia).
- Alta vulnerabilidade social e dependência da agricultura (RDC).
É um processo que busca promover economias ambientalmente sustentáveis de forma inclusiva, criando oportunidades de trabalho decente, reduzindo a desigualdade e sem deixar ninguém para trás. Para os países do Observatório, isso significa gerenciar desafios específicos, como a dependência do carvão na África do Sul e Indonésia (através de parcerias como os JETPs), ou garantir que o combate ao desmatamento no Brasil gere renda para comunidades tradicionais.