México
Analisando o México: O desafio de alinhar sua política de soberania energética, focada em hidrocarbonetos (Pemex/CFE), com suas metas climáticas e seu alto potencial solar.
Matriz Energética
Matriz energética dominada por hidrocarbonetos (88%), principalmente petróleo (44%) e gás natural (35%). O setor de transportes é o maior consumidor. A geração de eletricidade é 79% fóssil. O país tem alto potencial solar, mas enfrenta desafios regulatórios para a expansão renovável.
Políticas climáticas
Últimas atualizações
O México atualizou sua NDC em novembro de 2022, na COP27, aumentando a meta de redução incondicional de 22% para 35% e a condicional para 40% (vs BAU até 2030). A política climática recente (2019-2024) foi focada no fortalecimento da soberania energética através das empresas estatais Pemex (petróleo) e CFE (eletricidade).
Mitigação
Redução incondicional de 35% das emissões de GEE até 2030 (vs BAU). Meta condicional de 40%.
Desafios e críticas à NDC
A NDC é classificada como "Insuficiente" pelo CAT. A principal crítica é que as políticas energéticas recentes priorizaram combustíveis fósseis (construção de refinarias, uso de carvão pela CFE) e impuseram barreiras à energia renovável privada. Isso gera uma grande lacuna de credibilidade, pois as políticas internas contradizem as metas de redução de emissões apresentadas internacionalmente.
Estratégia de Longo Prazo (LTS)
México não possui Estratégia de Longo Prazo (LTS) no âmbito do Acordo de Paris.
Transição Justa
O México enfrenta desafios significativos para uma transição justa devido à sua profunda dependência de hidrocarbonetos (88% da matriz energética) e ao papel central das empresas estatais Pemex (petróleo) e CFE (eletricidade). A política energética recente priorizou a soberania energética através do fortalecimento dessas empresas, muitas vezes em detrimento das renováveis privadas. Uma transição justa no México exigiria a modernização e descarbonização da Pemex e CFE, ao mesmo tempo que aproveita o vasto potencial solar do país. A transição também precisa abordar a desigualdade energética, já que os subsídios aos combustíveis fósseis são altos, mas o acesso à energia limpa é limitado para comunidades vulneráveis. A discussão sobre TJ no país ainda é incipiente em termos de políticas concretas.
Planos de Adaptação
A adaptação no México é enquadrada pela Lei Geral de Mudança Climática e detalhada em sua NDC. A estratégia se concentra em cinco eixos principais de adaptação: (1) social, focado na prevenção e redução da vulnerabilidade de comunidades; (2) sistemas produtivos resilientes e segurança alimentar; (3) conservação da biodiversidade e serviços ecossistêmicos; (4) gestão integrada dos recursos hídricos; e (5) proteção da infraestrutura estratégica e do patrimônio cultural. O México enfrenta riscos severos de secas no norte, aumento do nível do mar em ambas as costas e furacões mais intensos.
Vulnerabilidade e risco climático
Pontuação: 0,5
Índice de resiliência
até 2100
Índice de vulnerabilidade
Principais ameaças climáticas
O México possui alta vulnerabilidade em suas extensas zonas costeiras (ambos os oceanos) ao aumento do nível do mar e furacões mais intensos. Internamente, o país enfrenta um risco crescente de secas, especialmente na região norte, exacerbando a escassez de água para consumo e agricultura. A variabilidade climática também impacta a biodiversidade e os setores produtivos, com alta vulnerabilidade social em comunidades rurais e assentamentos urbanos irregulares.