Colômbia
Analisando a Colômbia: O esforço para conter o desmatamento e reduzir a dependência da exportação de fósseis, sendo um dos países mais vulneráveis a eventos extremos.
Matriz Energética
Matriz energética baseada em combustíveis fósseis (65%), principalmente petróleo (44%). A eletricidade, no entanto, é majoritariamente renovável (71%), com forte base hidrelétrica. O país busca uma transição justa, reduzindo a dependência de exportações de carvão e petróleo.
Políticas climáticas
Últimas atualizações
A Colômbia apresentou sua NDC 3.0 (Set/2025), considerada uma das mais ambiciosas do mundo, com metas de redução de 59-67% até 2035 (vs 2020) e teto de emissões. A política climática é marcada pela adesão ao Tratado de Não-Proliferação de Combustíveis Fósseis e pelo lançamento da "Hoja de Ruta para la Transición Energética Justa", alinhada ao plano de "Paz Total".
Mitigação
Teto de emissões em 2035 entre 155 e 166 MtCO₂e (representando 51% de redução vs BAU).
Desafios e críticas à NDC
O maior desafio é implementar essa transição justa, reduzindo a dependência econômica das exportações de petróleo e carvão (responsáveis por metade das receitas do país). Além disso, o setor AFOLU (agricultura e desmatamento) ainda é a maior fonte de emissões, exigindo grande esforço de controle territorial e fomento à bioeconomia para cumprir as metas ambiciosas.
Estratégia de Longo Prazo (LTS)
Sim, "Estrategia de Longo Prazo de Neutralidade de Carbono (E2050)", submetida em 2021.
Transição Justa
A Colômbia tornou-se líder global ao ser o primeiro grande país em desenvolvimento a aderir ao Tratado de Não-Proliferação de Combustíveis Fósseis (2025). A transição justa (TJ) é central no seu plano de desenvolvimento. O desafio é duplo: descarbonizar a economia interna e, mais importante, reduzir a alta dependência das exportações de petróleo e carvão (50% das receitas de exportação). O governo lançou a "Hoja de Ruta para la Transición Energética Justa", focando na diversificação econômica, fomento a energias renováveis e hidrogênio verde. A TJ também está ligada ao processo de "Paz Total", buscando resolver conflitos territoriais e garantir que as comunidades locais se beneficiem da transição energética.
Planos de Adaptação
A adaptação é um pilar central da política climática da Colômbia, integrada ao seu Plano Nacional de Adaptação (PNACC) de 2016 e fortemente destacada na NDC 3.0. A estratégia de adaptação do país está organizada em 8 eixos-chave: biodiversidade e serviços ecossistêmicos, recursos hídricos, segurança alimentar e produção agropecuária, saúde, infraestrutura, gestão de riscos de desastres, patrimônio cultural e habitação. O país foca na implementação de medidas em nível territorial, com ênfase em soluções baseadas na natureza e na proteção de suas bacias hidrográficas (páramos), que são vitais para o abastecimento de água.
Vulnerabilidade e risco climático
Pontuação: —
Índice de resiliência
até 2050
Índice de vulnerabilidade
Principais ameaças climáticas
A Colômbia é classificada como um dos países mais vulneráveis do mundo. Sua geografia andina e duas costas oceânicas a expõem a uma variedade de riscos. O derretimento acelerado de geleiras tropicais (fonte vital de água) é um risco crítico. O país é altamente suscetível a eventos hidrometeorológicos intensificados pelo El Niño/La Niña, causando inundações, deslizamentos e secas que impactam fortemente a agricultura, a infraestrutura e a saúde.